Durante o mês de Outubro, o concurso "Brincar aos Poemas" teve muitos concorrentes. Todos foram fantásticos!
Aqui estão alguns dos poemas apresentados; os restantes encontram-se expostos nos placards da BE e no dia 27, Dia Internacional das Bibliotecas Escolares, saber-se-á qual o poema que ganhou a "brincadeira".
Parabéns a todos.
O Girassol A Abelha
Passa a vida a olhar para o sol! Por que é que esta abelha
Gosta muito de o observar! Gosta assim tanto de ler?
Se tivesse boca, o girassol, Porque a professora manda
E se pudesse chegar ao sol, Ou será só por lazer?
Era capaz de o beijar. Eu penso que ela quer aprender.
Teresa Silva – 5ºF Alberto Antunes - 5ºE
A Tulipa O Nenúfar
Ela usa um chapéu Ó meu lindo nenúfar,
Vermelho como o amor Que mudas de cor
Por debaixo do chapéu Com o tempo do dia.
A tulipa tem outra cor. És amarelo de tarde
E, à noite, vermelho, como eu queria!
João Paulo Marques - 7º A Cristiana Ferreira - 5º F
A Abelha O Dente-de-leão
Por que é que esta abelha Se pensas que eles são
Tem um ar tão atrapalhado? Levezinhos com pena
Porque tem muito calor? Olha que tu estás correcto.
Porque não encontra flor, Vês aquele dente-de-leão
Ou porque perdeu o namorado? Armado em avião
Ali,naquele abeto?
Teresa Silva - 5ºF José Rui Gomes - 7ºA
A Pedrinha - erva daninha
Sou uma pedrinha,
Nem princesa nem rainha.
Nem tenho terra nem mar,
Nem ninguém para me apoiar.
Todos me calcam,
Desde o carro ao camião.
Sei que sou menosprezada,
Porque não sirvo para nada.
Mas a culpa não é minha
De ser uma pobre pedrinha.
Deram-me um pontapé,
Para me complicar a vida.
Mas isto não fica assim,
Vamos ver quem ri por fim.
Nem princesa nem rainha,
Sou uma pequena pedrinha.
Ana Isabel Batista - 8ºE
A Apanha-moscas
Do que ela mais gosta A menina vegetariana
É de uma ervinha Estava mesmo deseperada .
Mas, como não havia, Até moscas comia!
Teve de comer À colherada!
Uma mosquinha. Pois não tinha mais nada.
Catarina Jantarada - 7ºA
O Alexandre
De que anda o Alexandre Ou andará à procura
À procura na biblioteca? De umas folhas para arrancar,
Duma aventura de terror, Para destruir, ou sujar,
Dum livro, ou de amor Para molhar, para colorir,
Para o alegrar? Ou apenas para ler?
João Dourado Domingues – 8ºA
Gil Vicente apresenta-se .Vamos lá conhecê-lo.
Eu, Gil Vicente, apresento-me
Ah… Consegui finalmente aquilo que sempre quis: livrar-me dos malditos daqueles reis, D. Manuel e D. João III. Estava a ver que não conseguia… A sério, nunca vi pessoas tão arrogantes, ricas e falsas como eles, assim como quase todas as outras pessoas que iam ver as minhas peças de teatro; realmente, nunca vi nada igual.
Bem, ainda não me apresentei. Sou Gil Vicente, o famoso dramaturgo dos séculos XV e XVI, do período pré-clássico da Língua Portuguesa. Sou considerado o Pai do Teatro Português. Ninguém sabe exactamente quando nasci, mas “morri” em 1536, no ano em que surgiu a Inquisição.
Era eu que animava dias e noites, no tempo dos reis D. Manuel e seu filho D. João III, com as minhas peças. Nessa época, quase nada na sociedade estava bem, e eu, nos meus escritos, criticava-a. No entanto, estas tinham que distrair os espectadores, fazê-los rir, de forma a que estes não ficassem ofendidos com as críticas e não me mandassem prender.
Quando soube que ia surgir a Inquisição que queimava vivos todos aqueles que eram contra o Clero ou Deus, tive que tomar medidas “drásticas”. Peguei em todos as minhas coisas, fugi da capital e fui para o interior, onde ninguém me encontrasse. Com certeza que deram pela minha falta, e, não me encontrando em parte alguma, consideraram-me como morto.
Felizmente fui um dos poucos que sobreviveu à Inquisição, passando um final de vida sossegado e calmo numa casa humilde, no meio do monte.
Nunca estranharam o facto de eu ter “morrido” no mesmo ano em que surgiu a Inquisição?
António José 9ºA
Para ler ... e meditar.
A turma E do 8º ano, preocupada com as questões da aquecimento global e do ambiente em geral, decidiu escrever uma carta às pessoas sensíveis e ponderadas.
Braga, 01 de Outubro de 2008
Amigos poetas,
A Natureza é bela! As plantas são os pulmões do nosso planeta. Sem elas não teríamos oxigénio para viver.
Existem pessoas sem princípios, sem educação, que ainda não perceberam como é importante viver em harmonia com a Natureza. Nós somos sensíveis às questões ambientais, mas gostaríamos que, cada vez mais, existissem mais pessoas que tratassem o planeta como se fosse o seu lar. Como as grandes campanhas de sensibilização têm falhado, vimos, por este meio, pedir-vos que escrevam mais poemas sobre a importância do Meio Ambiente, para cativar as pessoas. As vossas palavras, às vezes tão doces e outras vezes tão duras, dão-nos força, esperança e coragem e despertam-nos para a realidade. Se escrevessem sobre este tema à vossa maneira, talvez os menos sensíveis parassem um bocadinho para pensar, para modificar maus hábitos.
Esperamos que recebam esta carta e se entusiasmem com a
nossa proposta.
Um grande abraço de amizade.
Os alunos do 8ºE