Biblioteca da Escola E B 2,3 de Gualtar
Quinta-feira, 18 de Junho de 2009
Substituição a ler e reflectir ... com o 8ºA
Alice: Podes dizer-me, por favor, que caminho hei-de seguir a partir daqui?
Galo: Isso depende muito do sítio onde queres chegar.
Alice: Não me preocupo muito onde vou chegar.
Galo: Então não interessa por que caminho hás-de seguir.
Trata-se de uma dúvida em relação ao nosso futuro, uma dúvida sobre o que devemos fazer, se vamos seguir o bem ou o mal. O Galo, no final do texto, está a aconselhar a menina, dizendo que tudo depende de cada um.
João Tiago Dias
O Galo tenta mostrar a Alice que é ela quem tem que escolher o seu caminho, que ninguém o fará por ela. Quando escolhemos bem o nosso caminho, chegamos onde desejamos; temos de acreditar em nós mesmos, na nossa capacidade de viver, de fazer as escolhas certas. Não digo que devíamos planear o nosso futuro como uma festa de aniversário, ou esses pequenos pormenores insignificantes, mas devemos ter sempre certeza de tudo o que queremos; devemos ir atrás dos nossos sonhos, nem todos são de “papel”- muitos serão concretizados se tivermos as atitudescertas .
Eduarda Alves
Eu acho que ao longo da nossa vida, devemos traçar rumos e definir bem o que realmente queremos. Devemos ter o futuro planeado, não deixar simplesmente a vida levar-nos ao acaso.
Joana Ferreira
Quer dizer que se na vida não tivermos um caminho definido nunca vamos saber onde chegar, ou seja nunca vamos atingir os nossos objectivos.
Luís Ventuzelos
Eu acho que a Alice não sabe que caminho irá seguir, mas penso que experimentará aventuras, um mundo onde tudo é fantasia e animação e enfrentará o bem e mal.
Pedro Manuel Alves
Este diálogo está cheio de moral e até de metáforas. Na vida, se não tivermos objectivos para alcançar, ou metas a atingir (o caminho), agimos sem pensar, o que nos leva muitas vezes ao terrível arrependimento!...
João Dourado
Alice não sabe por que caminho deve ir, pois está indecisa. O Galo diz-lhe que deve ir pelo caminho que a consciência lhe dita.
Rui Alves
Eu acho que o nosso caminho é influenciado por aquilo que queremos ser. Se não tivermos ambição, se não lutarmos por aquilo que queremos, o nosso caminho não tem sentido.
Joana Magalhães
Segunda-feira, 15 de Junho de 2009
Despedida
Alto mar,19 de Maio de 1946
Querido Diário:
Foi o dia mais difícil da minha vida! O tempo parecia não querer passar. Foi o dia em que percebi o verdadeiro significado da “saudade”. Foi o dia em que eu dei o verdadeiro valor às pessoas de quem gosto. Foi a despedida mais difícil, pela qual eu passei.
Agora estou confuso! Não sei em que hei-de pensar. Será que devo pensar na viagem que tenho pela frente, nas aventuras que me esperam, ou nos olhares tristes e magoados que ficaram na praia?… Talvez as deva esquecer? Não sei se vou regressar, nem se vou voltar a vê-las …
Recordar aquele dia, é apertar o meu coração e sentir uma dor imensa a correr-me nas veias. É ouvir a voz das que me amam a implorar para eu não partir, e sentir que não o posso fazer. É ver as lágrimas caírem na areia, como se estivesse a chover. É olhar para o mar e ver o meu ponto de chegada, avistar a Índia, o meu objectivo.
Não encontro palavras para descrever o quão intenso foi aquele dia!… Queria conseguir encontrar a força do meu líder, Vasco da Gama, que admiro, mas não sou forte, e não consigo controlar o que sinto.
Agora o mar decidirá o meu futuro!
Susana Torres, 9B
Diário
Como seria o dia-a-dia de um marinheiro de Vasco da Gama? Curiosos? Leiam.
Lisboa,4 de Novembro de 1496
Meu amigo diário:
Hoje partimos, finalmente. Confesso que nunca pensei que a nossa partida pudesse ter decorrido assim. Ainda tenho vontade de derramar lágrimas, quando relembro toda esta despedida. A praia estava apinhada de gente só para nos ver partir. Mães, esposas, família e amigos foram para nos ver uma última vez, antes da partida. Meu Deus, como foi difícil!… Só de olhar para minha mãe, que chorava amarguradamente, e para a minha mulher, que me implorava que ficasse, pesava-me tanto a alma que só Deus sabe!… Eu queria, queria muito ficar, mas não podia. Eu já estava comprometido com esta viagem, não podia voltar atrás. Agora, no silêncio da noite, ouvindo o mar batendo no casco, nesta noite abençoada, parece que ainda ouço a voz desesperada da minha mulher e o choro incessante da minha mãe. A minha vontade era abraçá-las e não largá-las nunca, nunca! Nem me consegui despedir direito delas… teve de ser apenas num instante, para não correr o risco de me acobardar e desistir.
À minha volta, só via mulheres com a cara lavada em lágrimas, a implorar ao filho, ou ao marido, ou ao irmão que ficassem. As crianças não tinham bem a noção do que estava a acontecer, mas as mais crescidinhas choravam com as mães. Os homens tinham um brilho nos olhos, que fazia adivinhar a tristeza e a vontade de chorar. Os que apenas foram ver tinham uma expressão de aprovação na cara, pelo nosso objectivo e coragem, mas também de desaprovação, porque, ao mesmo tempo, consideravam uma loucura, um suicídio. E, no meio de tudo aquilo, estávamos nós, os marinheiros, que sofríamos tanto ou mais do que todos eles. No fundo, ansiávamos pela partida, pois já não aguentávamos mais. Nunca mais esquecerei a mágoa, a tristeza, a dor e a saudade que senti e sinto.
Por fim, Vasco da Gama ordenou que embarcássemos. Ao entrar na nau, os meus pés pesavam como pedras. Agora já estava feito, não dava para voltar atrás. Resta-me apenas aguardar e esperar as surpresas desta viagem e pedir a Deus que me deixe regressar a casa são e salvo.
Um marinheiro sonhador
Segunda-feira, 8 de Junho de 2009
A maior aventura do homem
A vez e a voz do António Lages, a estabelecer o equilíbrio entre as posições dos colegas.
A maior aventura do homem: a viagem marítima à Índia ou a ida à Lua?
Estes foram, sem dúvida, dois grandes passos da humanidade, porém, qual ultrapassou, de facto, os limites do homem?
Tenho a certeza que todos concordam que a viagem à Índia foi, no mínimo, difícil. Durante longos meses os marinheiros e guerreiros portugueses estiveram perdidos na imensidão azul, quase sem esperança, sujeitos às doenças, à força do Mar e à força do Tempo. Ao serem envolvidos numa viagem como esta seguiam para uma condenação à morte da qual poucos eram poupados.
Por outro lado, também a viagem à Lua foi complicada, de facto. Foi uma enorme aventura sair da nossa pequena casa, a Terra, e aventurarmo-nos para a Lua, lá bem no cimo! Mesmo com toda a tecnologia, todo o conhecimento científico e todos os meios de comunicação, atravessar o limite da atmosfera foi um acto digno de heróis.
E, desta forma , os acontecimentos acima relatados apareceram em equilíbrio nos pratos da minha balança de “escolha” para a maior aventura. É de salientar que também verifico igual peso no grau de importância que estes episódios tiveram.
Para o desenvolvimento do homem, esta comparação é como tentar determinar, afinal, qual das situações seguintes é menos essencial: comer ou dormir. Sem pensarmos muito diríamos: - “Comer é mais importante!”. No entanto, sem dormirmos não conseguiríamos viver!
Tanto uma viagem como a outra ficarão igualmente marcadas na História porque para sermos homens com “H” grande é tanto necessário conhecer o meio que nos rodeia como o interior de nós mesmos, neste caso, a Lua e a Terra.
Quarta-feira, 3 de Junho de 2009
A Lua ou o mundo?
A ida à Lua, ou conhecer o nosso próprio Mundo… Escolha difícil… Mas se pensarmos bem…A ida à Lua foi um passo maior do que conhecer o Mundo. É óbvio que conhecer o nosso Mundo é algo que não tem preço, mas, sair do nosso Mundo para explorar a noite celestial que, desde que o Homem olha para o céu, é considerada a sua derradeira fronteira, é algo admirável. Conhecer o Mundo permitiu-nos conhecer novas culturas, novos climas, novos animais, novas pessoas e muitas outras coisas que são caracterizadas pelo adjectivo “novo”, mas sair do nosso pequeno planeta (que de pequeno não tem nada) e mostrar que podemos tocar algo que achávamos intocável foi algo que revolucionou a nossa maneira de pensar. As pessoas, antigamente, olhavam para o Céu num misto de dúvidas e terror. Não sabiam o que eram as estrelas, nem sequer sabiam o que existia no nosso sistema solar. Éramos, de certa forma, arrogantes ao pensar que seríamos o centro de tudo o que existe. E, quando alguém ousava questionar e saber mais sobre algo que nos parecia intocável, era considerado um herege e era perseguido. Perseguido por ousar saber mais. Mas a chegada à Lua abriu uma nova era. O espaço foi olhado com outros olhos. Apercebemo-nos da nossa insignificância perante o Universo, mas também da nossa grandeza por termos ousado ir onde ninguém tinha ido. Os olhares de dúvida, terror e impotência perante a noite estrelada esfumaram-se. Agora olhamos com orgulho ao podermos dizer que um homem esteve na Lua.
Pedro Afonso Nº20 / 9ºA