A partir do momento em que a necessidade e a curiosidade de ler estejam despertas, então o mediador poderá avançar para a leitura da obra,recorrendo à animação da leitura. A esta cabe assegurar o interesse sobre o lido e manter a atenção e a vontade sobre o que se vai ler. Assim, a animação da leitura deverá ter sempre a prática leitora como ponto de partida e chegada. Na prática, traduz-se na leitura intermediada com uma actividade (livre de avaliações ou de processos em tudo semelhantes ao da escolarização da leitura) que se conclui novamente na leitura. O objectivo é trabalhar com os livros e não sobre os livros. O propósito é moldar/reforçar os circuitos informativos cerebrais para a prática da leitura e não para a valorização da actividade. Para que o cérebro entenda o que é prioritário, a mediação da leitura tem de dedicar o máximo de tempo possível sobre a prática leitora e não sobre as actividades. Neste processo, no qual as actividades são métodos de intermediação entre o que foi lido e o que se irá ler, destaca-se a importância da utilização da reflexão através da interrogação e de desafios que necessitem o recurso ao pensamento. Se os actuais contextos fomentam a leitura do tipo fragmentado, como a presente investigação demonstrou, e se naturalmente este tipo de leitura e todo o ambiente incita a diminuição do intervalo entre o estímulo e a acção, então a animação da leitura terá de funcionar em contra-ciclo, no sentido de incrementar a necessidade de questionar e explorar, aumentando assim o espaço entre o estímulo e a acção.
Silveira, Teresa (2011) O impacto do contexto tecnológico no
desenvolvimento da “arquitectura cerebral” para a leitura inActas do 1º
Congresso sobre Literacia, Mediania e CidadaniaVale a pena ler o artigo
todo.
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Publicada por Maria José Vitorino em ALFINete a 7/11/2011 08:05:00 PM
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